Alvo de processo de cassação, Glauber Braga chora ao anunciar renúncia em comissão da Câmara

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O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) emocionou-se ao anunciar sua renúncia à vice-presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. A decisão foi comunicada nesta quarta-feira (28), em meio a um processo de cassação movido contra ele no Conselho de Ética.

Durante o pronunciamento, Glauber não conteve as lágrimas ao citar sua trajetória política e os desafios enfrentados em defesa de pautas sociais e ambientais. “Minha decisão é um ato de resistência. Não renuncio por medo ou fraqueza, mas para proteger os princípios que sempre defendi e garantir que essa luta continue”, afirmou.

Processo de cassação
O parlamentar é acusado de quebra de decoro parlamentar, após episódios em que teria, segundo aliados do governo, adotado um tom considerado agressivo em debates na Câmara. Glauber se tornou conhecido por sua postura combativa, sendo um dos principais opositores de governos alinhados à direita.

“Não é sobre mim. É sobre a tentativa de calar vozes que defendem os direitos humanos, os povos indígenas, a justiça social. Mas não conseguirão”, declarou Glauber.

Repercussão política
A renúncia gerou reações distintas entre os parlamentares. Enquanto membros da oposição lamentaram a decisão, aliados do governo a consideraram um movimento esperado diante do processo ético.

A liderança do PSOL expressou solidariedade ao deputado e prometeu manter sua atuação firme na defesa de direitos fundamentais. Glauber reafirmou que continuará atuando como deputado federal até o fim de seu mandato, independentemente das circunstâncias.

Impacto na Comissão
Com a saída de Glauber Braga, o PSOL deve indicar um novo nome para ocupar a vaga de vice-presidência na Comissão de Direitos Humanos. O partido destacou que a luta em prol de pautas fundamentais continuará com força total.

Próximos passos
O processo no Conselho de Ética ainda está em andamento, e Glauber não descartou a possibilidade de contestar eventuais decisões desfavoráveis judicialmente. “Não estou sozinho nessa luta. Tenho ao meu lado o povo e a história que construí até aqui”, concluiu.

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